quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sobrevivente da escravidão no Brasil morre


Maria do Carmo Jerônimo a ex-escrava, cuja falta de uma certidão de nascimento impediu seu reconhecimento como a mulher mais velha do mundo, morreu com  idade de 129 anos. Jerônimo morreu de um derrame na noite de quarta-feira dia 11 de maio, no Hospital Universitário de Itajubá, a 300 km (200 milhas) a noroeste do Rio de Janeiro.


De acordo com registros da igreja, Jerônimo nasceu em 05 março de 1871 na cidade do sudeste de Carmo de Minas, em Minas Gerais.
Brasi
l era uma monarquia sob o comando do Imperador Pedro II, e Jerônimo, que era negra, nasceu  durante a escravidão.

Ela tinha 17 anos quando o Brasil finalmente aboliu a escravidão, mas nunca deixou de Minas Gerais.
Durante seis décadas, ela trabalhou como doméstica para a família Guimarães, que nos últimos anos tentou, sem sucesso o seu reconhecimento  como a mulher mais velha do mundo pelo Livro Guinness dos Recordes. "Eles disseram que o registro de batismo da igreja em Carmo de Minas não era suficiente e exigiram uma certidão de nascimento", disse Agostinho Guimarães, em entrevista recente.
"O problema é que não havia certificados naquela época, especialmente para os escravos."

Provas necessárias

A publicação requer uma certidão de nascimento ou prova incontestável outras de idade, porque algumas reivindicações da longevidade passado se revelaram ser falsas.
O livro Guinness World Records diz que a pessoa mais velha do mundo é Eva Morris, de Staffordshire, na Inglaterra, que é de 114 anos.
Ele lista o homem mais velho que 110 anos Benjamin Harrison Holcomb dos Estados Unidos.
A pessoa mais velha já com registros autenticado foi Jeanne Calment da França, que morreu em 04 de agosto de 1997  aos  122 anos.

Ainda assim, nos livros de registro de locais listados Jerônimo consta  como a mulher mais velha do mundo e ela foi homenageada em um desfile de carnaval no Rio de Janeiro cujo tema do samba enredo  comemorava a abolição da escravatura.

Ela também recebeu uma bênção pessoal do Papa João Paulo II durante uma de suas  visitas ao Rio de Janeiro. Uma das suas curiosidade era conhecer o mar e aos  127 anos de idade, ela finalmente viu o oceano.

Resistência

Em seus últimos anos, Jerônimo teve uma série de derrames que efetivamente deixou em estado vegetativo.
Mas a sua resistência surpreendeu os membros da família Guimarães, que cuidava dela quando ela não era mais capaz de trabalhar.
"Nós a vimos passar por muitas crises, muitas situações delicadas e sobreviver", Thereza Guimarães disse ao jornal Hoje in Dia.
"Acabamos pensando que iria durar para sempre."





 

Nenhum comentário:

Postar um comentário